[Carta a Jacques Maritain, fevereiro de 1963]
“Não quero importuná-lo com uma grande quantidade de minhas coisas, mas estou postando um exemplar mimeografado de meu livro ‘impublicável’ sobre ‘Paz na Era Pós-Cristã’*.
Impublicável porque proibido por nosso corretíssimo Abade Geral que não quer deixar a civilização cristã sem a bomba para coroar sua história de honra. Ele sabe que minha defesa da paz fausserait le message de la vie contemplative [falsificaria a mensagem da vida contemplativa]. O fato de um monge preocupar-se com este problema é considerado – pelos ‘bons monges’ – escandaloso. Uma distração odiosa que afasta a atenção do Menino Jesus no Berço. É estranho dizer, mas ninguém parece preocupado com o fato de que o berço está diretamente sob a mira da bomba.”
Um pensamento para a Reflexão: “Rezemos uns pelos outros e pelo mundo, e que Deus tenha piedade de nós e nos dê a luz que tanto necessitamos, a força, a paciência e todas as outras coisas que, pelo menos a mim, fazem total falta. Pareço completamente esvaziado de tudo.”
Fonte: Reflexões de Thomas Merton
“Não quero importuná-lo com uma grande quantidade de minhas coisas, mas estou postando um exemplar mimeografado de meu livro ‘impublicável’ sobre ‘Paz na Era Pós-Cristã’*.
Impublicável porque proibido por nosso corretíssimo Abade Geral que não quer deixar a civilização cristã sem a bomba para coroar sua história de honra. Ele sabe que minha defesa da paz fausserait le message de la vie contemplative [falsificaria a mensagem da vida contemplativa]. O fato de um monge preocupar-se com este problema é considerado – pelos ‘bons monges’ – escandaloso. Uma distração odiosa que afasta a atenção do Menino Jesus no Berço. É estranho dizer, mas ninguém parece preocupado com o fato de que o berço está diretamente sob a mira da bomba.”
Um pensamento para a Reflexão: “Rezemos uns pelos outros e pelo mundo, e que Deus tenha piedade de nós e nos dê a luz que tanto necessitamos, a força, a paciência e todas as outras coisas que, pelo menos a mim, fazem total falta. Pareço completamente esvaziado de tudo.”
Fonte: Reflexões de Thomas Merton