Panela ou carro?
Longo aprendizado nas artimanhas da política e da economia permite-me meter uma colher de pau no angu de caroço em que se transformou a polêmica sobre a produção de alimentos e de biocombustíveis.
Em longa caminhada firmou-se em mim a convicção que haverá fome na face da terra enquanto alimento for mercadoria ou commodity. Quem puder entender, entenda! Pois, desde quando os grãos produzidos pelo agronegócio destinam-se a outra coisa que não seja o lucro e a garantir o equilíbrio da Balança Comercial? Alguém duvida que a monocultura e os transgênicos não atendam primordialmente aos objetivos do Mercado? Nem seria necessário mencionar os monopólios e oligopólios!
A meu ver, no processo de produção e de consumo de alimentos, para assegurar o respeito às fontes da vida e à saúde humana, sempre deveriam ser respondidas as seguintes perguntas: o que plantar? Por quê? Como? Quando? Para quem?
Há um consenso que, a todo instante e em cada ciclo, a vida não se desenvolve e definha se faltar alimento, ou seja, oxigênio, água, luz, ternura, leite materno, arroz, feijão, legumes e frutas, entre outros. Muita energia é consumida para atender às necessidades de realização do ser humano em sua peregrinação terrena.
Sem qualquer dificuldade afirmamos que o acesso ao alimento adequado e saudável é um direito humano básico. Da mesma forma, admitimos que o direito de ir e vir exige instrumentos adequados e a energia correspondente! Em conseqüência, que o direito à vida exige e dá direito a uma série de medidas que permitam a cada ser humano viver com saúde e dignidade.
Assim colocada a questão, o feijão e a cana de açúcar seriam símbolos antagônicos que caracterizam a polêmica entre a produção de alimentos e de biocombustíveis? Entre a panela e o carro? Ou, antes, deveríamos rever os termos da questão?
Seriam os recursos naturais que se tornam escassos ou nossa civilização que estaria se esgotando? A idolatria do Mercado não estaria gerando desastres ambientais e exclusão social em proporções alarmantes?
Para uma vida saudável e pacífica não deveríamos mudar apenas os hábitos alimentares, mas também todo nosso modo de habitar o Planeta Azul? Ou seja, redimensionar os conhecimentos científicos e tecnológicos para que nossa forma de habitação neste planeta garanta o futuro do ser humano e dos demais habitantes da Terra, nossa Mãe.
Não seja este um novo milênio, apenas pela contagem do tempo, mas principalmente pelo cultivo de novas relações entre tudo e todos a partir de cada bacia hidrográfica.
Uma tarefa da economia, a produção e a gestão dos recursos necessários à vida das atuais e futuras gerações de habitantes da Terra. Porém, cabe à política coordenar a reta e justa destinação dos bens para uma vida saudável e pacífica, eliminando-se a miséria e a degradação ambiental. O sentido da criação ou meio ambiente e da dignidade humana, o princípio fundamental e determinante do desenvolvimento econômico, social e político.
Ainda é tempo de perguntas e buscas de nova rota para a Vida na Terra. Sinais intermitentes nos alertam sobre a urgência da empreitada. Se gravemente ferido, nosso planeta azul dormitará por milênios. Em novo amanhecer não haverá crianças fazendo perguntas inteligentes.
Em longa caminhada firmou-se em mim a convicção que haverá fome na face da terra enquanto alimento for mercadoria ou commodity. Quem puder entender, entenda! Pois, desde quando os grãos produzidos pelo agronegócio destinam-se a outra coisa que não seja o lucro e a garantir o equilíbrio da Balança Comercial? Alguém duvida que a monocultura e os transgênicos não atendam primordialmente aos objetivos do Mercado? Nem seria necessário mencionar os monopólios e oligopólios!
A meu ver, no processo de produção e de consumo de alimentos, para assegurar o respeito às fontes da vida e à saúde humana, sempre deveriam ser respondidas as seguintes perguntas: o que plantar? Por quê? Como? Quando? Para quem?
Há um consenso que, a todo instante e em cada ciclo, a vida não se desenvolve e definha se faltar alimento, ou seja, oxigênio, água, luz, ternura, leite materno, arroz, feijão, legumes e frutas, entre outros. Muita energia é consumida para atender às necessidades de realização do ser humano em sua peregrinação terrena.
Sem qualquer dificuldade afirmamos que o acesso ao alimento adequado e saudável é um direito humano básico. Da mesma forma, admitimos que o direito de ir e vir exige instrumentos adequados e a energia correspondente! Em conseqüência, que o direito à vida exige e dá direito a uma série de medidas que permitam a cada ser humano viver com saúde e dignidade.
Assim colocada a questão, o feijão e a cana de açúcar seriam símbolos antagônicos que caracterizam a polêmica entre a produção de alimentos e de biocombustíveis? Entre a panela e o carro? Ou, antes, deveríamos rever os termos da questão?
Seriam os recursos naturais que se tornam escassos ou nossa civilização que estaria se esgotando? A idolatria do Mercado não estaria gerando desastres ambientais e exclusão social em proporções alarmantes?
Para uma vida saudável e pacífica não deveríamos mudar apenas os hábitos alimentares, mas também todo nosso modo de habitar o Planeta Azul? Ou seja, redimensionar os conhecimentos científicos e tecnológicos para que nossa forma de habitação neste planeta garanta o futuro do ser humano e dos demais habitantes da Terra, nossa Mãe.
Não seja este um novo milênio, apenas pela contagem do tempo, mas principalmente pelo cultivo de novas relações entre tudo e todos a partir de cada bacia hidrográfica.
Uma tarefa da economia, a produção e a gestão dos recursos necessários à vida das atuais e futuras gerações de habitantes da Terra. Porém, cabe à política coordenar a reta e justa destinação dos bens para uma vida saudável e pacífica, eliminando-se a miséria e a degradação ambiental. O sentido da criação ou meio ambiente e da dignidade humana, o princípio fundamental e determinante do desenvolvimento econômico, social e político.
Ainda é tempo de perguntas e buscas de nova rota para a Vida na Terra. Sinais intermitentes nos alertam sobre a urgência da empreitada. Se gravemente ferido, nosso planeta azul dormitará por milênios. Em novo amanhecer não haverá crianças fazendo perguntas inteligentes.
Fonte: CNBB